quinta-feira, 31 de julho de 2008

Controle de torque... Pode ou não?


O desempenho espetacular de Lewis Hamilton nas duas últimas corridas levantou uma séria dúvida. A McLaren, que há alguns meses chegava a comer poeira da Ferrari e BMW, começava a reagir com desempenho incrível. Seria a recuperação total de Lewis Hamilton? Ou o carro da McLaren trazia uma nova arma secreta? Bom, os dois fatores aliados garantiram ao piloto inglês a liderança do campeonato em duas corridas complicadíssimas. E as suspeitas recaíram sobre um novo par de asas na borboleta do volante dos carros da equipe inglesa. É o famoso controle de torque.


Ao observarmos o carro de Hamilton na Alemanha víamos que a sua McLaren conseguia uma tração incrível nas saídas de curvas. Com isso, chegava mais "colada" ao chão em trechos como a curva parabólica (contornada a 320km/h) e conseguia engolir seus adversários nas retas, pois perdia menos tempo nas curvas. Era claro que Hamilton tinha bem mais aderência que seus adversários. Observando Hamilton e Kovalainen nas câmeras on-board, podia-se observar que os dois acionavam uma alavanca a mais de tempos em tempos que não era a borboleta de troca de marchas. Eles estavam ajustando o controle de torque. Mas como funciona isso??


Os volantes convencionais têm duas borboletas para trocas de marcha. O volante da McLaren ganhou mais duas borboletas abaixo das originais. O acionamento dessas borboletas, permite que os pilotos selecionem diferentes mapeamentos do motor, mais adequados para as condições atuais da pista. Assim, pode-se acertar o carro para uma condição mais ideal de torque, a cada troca de marcha ou trecho diferenciado da pista. Por exemplo, quando Lewis reduzia marchas para contornar uma curva de baixa velocidade ou um trecho mais travado do circuito, podia acionar as borboletas e encontrar uma configuração que lhe proporcionasse o torque suficiente para aquela condição, podendo evitar efeitos indesejáveis como o giro em falso das rodas. Para os trechos de alta, o mapeamento do motor também pode ser alterado, já que nesta condição o carro não precisa de tanta tração. Assim, existem ganhos significativos em tração e dirigibilidade. O que não deixa de ser um tipo de controle de tração.


Mas depois da saída do controle de tração, freio motor e do arrocho nos aparatos eletrônicos dos carros, esse controle de torque não estaria claramente burlando o regulamento de 2008?? Na verdade não. O regulamento proibe claramente o uso de mudanças automáticas de mapeamento do motor. Neste caso, as mudanças são realizadas pelos pilotos e de forma manual. E apesar de certa forma controlar a tração nos carros, este sistema não utiliza uma rede de sensores especiais para identificar giro em falso nem tem atuação automática no sistema de gerenciamento do motor. No caso, a atuação do sistema fica por conta e risco do piloto, que tem que confiar na sua sensibilidade e também na intuição para acioná-lo no momento certo para otimizar o tempo de volta. E apesar da desconfiaça geral, a FIA já inspecionou e aprovou o sistema da McLaren, que deve pintar em outros carros neste fim de semana em Hungaroring.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Olha o Coulthard aí gente!!


Essa saiu no The Sun. Entre uma corrida e outra, David Coulthard reuniu os amigos e se mandou para seu iate. No entanto, andou se excedendo e alguém fez o clique inusitado! O que estaria passando pela cabeça do quase-aposentado da RedBull?
1 -Fazendo um protesto para o Ron Groo parar de chamá-lo de velho e exigir sua aposentadoria?
2 - Chamando o agora famoso Nelsinho Piquet-Fio-terra para mais uma demonstração de coleguismo?
3 - Bronzeando uma parte do corpo onde o sol não pega?
4 - Mostrando para o Nico Rosberg como a ENDERMOLOGIA pode ser eficaz contra celulite?
5 - Fazendo o nº2 ali mesmo depois de ingerir uma feijoada apimentada e perceber que o banheiro e as moitas do iate estavam ocupados?
* Vale destaque o cara de bermuda branca, que parece querer abrí-la desesperadamante... logo do ladinho do David nessa famigerada posição em que "Napoleão perdeu a guerra"...

domingo, 20 de julho de 2008

GP da Alemanha - O primeiro pódio de Piquet



Depois da pole position conquistada com uma certa facilidade por Lewis Hamilton no sábado, já se sabia que o GP da Alemanha seria uma corrida com vantagem para os carros da McLaren. Entretanto, a segunda posição de Felipe Massa no grid de largada prometia uma luta grande pela liderança da prova e também do campeonato. Com uma pista que oferece poucos desafios, a expectativa de uma corrida um tanto quanto monótona era quase certa. Até que a Toyota de Glock acertou o muro na volta 35 e mudou essa história.
  • Após a largada tranquila, logo podia-se perceber que a McLaren não estava para brincadeira. Hamilton pulou ne frente e abria vantagem em relação a Massa e Kovalainen. O maior destaque foi a impressionante largada deRobert Kubica que faturou 3 posições, assumindo a quarta colocação;
  • A corrida seguiu tranquila e até um pouco sonolenta. Pista seca, tempo firme, pouca possibilidade de chuva. Nem os pit-stops registraram grandes trocas de posições. Até que, na 35ª volta, Timo Glock sofreu uma quebra repentina da suspensão traseira e chocou-se violentamente com o muro na entrada da reta. Com a entrada do Safety Car, muitos optaram por adiantar a segunda parada e seguiram para os boxes. Entre os que permaneceram na pista estavam o líder Lewis Hamilton, Nick Heidfeld e Nelson Piquet.
  • Após a relargada, a corrida mudou de figura. Com a "mexida" nas posições provocada pela presença do Safety Car e pit stop de muitos pilotos, a ordem dos pilotos na pista tinha algumas surpresas. Hamilton continuava na ponta, mas logo teria que fazer sua parada. Heidfeld a essa altura era o segundo colocado e Piquet o terceiro;
  • Algumas voltas após a saída so Safty Car, Heidfeld e Hamilton tiveram que realizar suas paradas, deixando a ponta para o estreante Nelson Piquet a 14 voltas do final. Correr de cara para o vento fez bem ao brasileiro, que mesmo na limitada Renault, imprimiu ritmo forte à corrida, não permitindo a aproximação da Ferrari de Felipe Massa, o segundo colocado. Hamilton retornou de sua parada na sexta colocação, porém a superioridade do carro da McLaren era tão grande que poucas voltas depois o inglês já retornava à ponta do GP da Alemanha, após ultrapassar Kovalainen, Massa e Piquet;
  • Com isso, Hamilton levou a McLaren a mais uma vitória. Piquet rezou muito para que a sua Renault não tivesse nenhum problema de última hora e chegou em segundo. Felipe Massa completou o pódio. Heidfeld, Kovalainen, Raikkonen, Kubica e Vettel também pontuaram;
  • Agora Hamilton é líder do Mundial de pilotos com 58 pontos, seguido de Felipe Massa. Kimi Raikkonen está em terceiro a 7 pontos do líder e Kubica continua em quarto a 10 pontos de Hamilton.

Pontos positivos:

  • McLaren: fez a lição de casa nos testes realizados em Hockenheim uma semana antes da corrida. Entregou um carro no chão, que sai muito bem tracionado das curvas de baixa velocidade e voa nas retas. O segredo? Uma suspensão bem ajustada, que garantiu a aderência necessária para que Lewis voasse na corrida e deixasse todo mundo para trás;
  • Retrospecto: Para quem gosta de números e coincidências aí vai mais uma. Com Massa e Piquet em 3º e 2º, o Brasil quebrou um jejum de 17 anos sem 2 brazucas no pódio. E há 30 anos, Nelson Piquet Pai fez sua estréia na F1 no mesmo Hockenheimring;
  • Piquet: Pilotou como gente grande nesta corrida. Largou da 17ª posição e já sentia a orelha esquentar de novo com críticas e ameaças. Largando do fundão, planejou uma parada apenas e deu sorte de realizá-la no exato momento em que Glock se espatifou no muro. Com isso, herdou posições e chegou a liderar a prova, sem cometer erros e andando forte. Mesmo pilotando uma desequilibrada Renault, não deixou a Ferrari de Massa se aproximar e mostrou que pode conseguir bons resultados.

Marretadas:

  • Ferrari: Não é perseguição, mas catou borboleta no GP da Alemanha. Os carros não foram suficientemente rápidos em Hockenheim e comeram poeira até da Renault. Além disso, convocar Massa e Raikkonen ao mesmo tempo para a troca de pneus com o Safety Car na pista arruinou com a corrida do finlandês, que ficou esperando na filinha dos pit stops. Se não acordar na Hungria, pode tomar outra pancada e ver Hamilton escapar no campeonato.
  • Coulthard: Deu uma de chincane ambulante novamente. Cortou a frente de Barrichello após a ultrapassagem e provocou o choque dos dois. Ai ai ai, agora não pode reclamar dos pedidos de aposentadoria feitos insistentemente pelo nosso amigo Ron Groo.
  • Resgate do Glock: Após uma pancada forte e traseira, Glock foi praticamente arrancado de seu carro. Quando viram que o piloto estava consciente, os fiscais o retiraram do carro sem pedir ajuda ao serviço médico. Assim, tivemos que ver um Glock cambalante, que mal se segurava em pé e que reclamava muito de dor nas costas. Para amenizar a dor, o colocaram sentado numa precária cadeira de praia, que parecia uma tortura para a coluna de qualquer um. Choques de traseira são famosos por arruinar colunas de pilotos. Sair desvairadamente do carro pode traser consequências sérias. Nesse caso, os ficais deveriam ter incentivado o piloto a permanecer no carro e chamar a equipe de resgate para retirá-lo.

Troféu Roda Bahiana: Suspensão do carro do Glock

Timo Glock já foi grande ganhador desse prêmio. Entretanto, dessa vez ele foi a vítima. Após a pancada do piloto da Toyota no muro da reta de Hockenheim, vimos através do replay da TV que a suspensão traseira direita quebra de forma repentina ao sair da zebra e provoca a rodada do alemão. Vamos aguardar para ver se a falha foi culpa do piloto (por ter exagerado na pista) ou se o componente veio a falhar por erros de construção ou montagem (culpa da Toyota).

Troféu cata-tatu: Hermann Tilke

Fala sério!! O maior genocida do automobilismo Mundial. As pistas que ele projeta se resumem a retas, retas, retas intermináveis e grampos. Mais uma reta, mais um grampo. Pistas da largura do Eixão de Brasília. Um saco! Lobotomizou Hockenheim e o colocou com formato de cabeça de Dombo e quer continuar seus ataques por aí. Daqui a pouco, todo mundo vai ter a cara do circuito de Sepang, na Malásia (bem chatinho por sinal). Vamos fazer um movimento para salvar as pistas de Jacarepaguá e Brasília das mãos desse genocida! E que o arquiteto Hermann Tilke só projete casas para o seu querido sócio Bernie Ecclestone! Deixe nossas pistas em paz!

Troféu F1-V8: Lewis Hamilton

Soube aproveitar o grande carro que a McLaren colocou na sua mão. Pilotou forte, com garra e arrojo, mas dessa vez sem cometer os erros infantis de outrora. Vôou pela pista, engoliu adversários e conquistou a segunda vitória seguida. Se continuar nesse ritmo, pode tirar o doce da boca da Ferrari. Na Hungria, pode abrir ainda mais vantagem no mundial de pilotos, pois venceu lá ano passado. Entretanto, Lewis ainda precisa aprender que defesa de posição não é jogar os pilotos ultrapassados para fora. Ele saiu muito além da conta do traçado natural ao superar Massa e Piquet. Anda conversando demais com David Couthard.

Perguntas instigantes: Será que tem bizu no carro da McLaren ou o acerto fantástico do GP da Alemanha é fruto do trabalho anterior da equipe nos testes??

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Tudo sobre - GP da Alemanha


O circuito

Nome: Hockenheimring Baden-Württemberg

Extensão: 4,474 km

Número de voltas: 67

Recorde de volta: 1m13.780s (Kimi Raikkonen, McLaren, 2004)

Pole em 2006: 1m14.070s (Michael Schumacher, Ferrari)

Depois de um ano, a F1 retorna à uma de suas pistas mais famosas. Hockenheim fez fãs ardorosos desde os anos 70, quando começou a receber provas da categoria. As suas retas quase infinitas que entravam Floresta Negra adentro (sim, a mesma Floresta Negra da História da Branca de Neve) esguelando motores e fazendo os pilotos acelerarem tudo o que podiam arrebataram corações no mundo todo. Entretanto, em 2001 o velho Hockenheim passou por reformas, ganhando um novo traçado desenhado por Hermann Tilke. O novo design da pista cortou o trecho Floresta Negra e fez dele uma curva, encurtando muito sua extensão (aproximadamente 2km). O resultado final desagradou fãs e pilotos: um Hockenheim lobotomizado, sem personalidade, que perdera sua principal atração. Mas mesmo assim, a pista alemã conserva características interessantes, como a parte do Estádio, em que arquibancadas gigantescas acolhem a maioria do público que pode deliciar-se com os carros contornando as 6 últimas curvas do circuito. Para os pilotos, a impressão é a de entrar pilotando em um Maracanã lotado.

Antigo Hockenheim


Tecnicamente, o circuito de Hockenheim é o que se corre com menos asa. As longas retas exigem que se tenha o mínimo de arrasto para conseguir bons tempos de volta. Os componentes mais exigidos nesta pista são os freios, pois existem reduções de velocidade dramáticas, como a da saída da Parabolika para o hairpin (de 326 km/h a 59 km/h). Dá para imaginar o desgaste das guarnições de freio após 67 voltas. Os motores, por sua vez, já não são tão exigidos como antigamente, entretanto ter um motor que fale alto e tenha bom torque permite aproveitar ao máximo as retas e fazer boas retomadas de velocidade nas saídas das curvas. O acerto correto da suspensão é fundamental para garantir estabilidade de frenagem, principalmente no Hairpin. Geralmente as equipes correm com a configuração de maior rigidez na dianteira para garantir boa tração nas saídas das curvas lentas do Estádio. A tração nas saídas de curva e as altas cargas de frenagem são os maiores fatores de desgaste dos pneus. Para a corrida de Hockenheim, a Bridgestone deixará à disposição das equipes compostos médios e duros.


Em Hockenheim, os pilotos precisam ficar de olho na parte mais crítica do circuito, que vai da curva 2 até o Hairpin. É necessário sair bem tracionado da curva 2 para que se consiga uma boa posição do carro na pista durante a Parabolika, que tem a tendência de "empurrar" o carro para o sentido externo da curva. Se essa curva não for contornada de forma adequada, perde-se muito tempo durante a volta. Em seguida vem o grampo, principal ponto de ultrapassagem da pista. Ali, após a redução brusca de velocidade, pode-se retardar a freada e tentar passar o oponente pelo lado interno da curva. Outro ponto crítico é o contorno das curvas 12 e 13, que tem que ser feito com perfeição para que se consiga um bom tempo de volta.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Avaliação: Meia temporada

Com o GP da Inglaterra chegamos à metade da temporada 2008 de Fórmula 1. Nove corridas se foram, outras nove estão por vir. E este é o momento propício para fazermos uma análise de como está indo este ano de F1. Durante a pré-temporada, tínhamos algumas suspeitas de como seria o campeonato. Algumas se confirmaram, outras não.

Na Austrália, a primeira corrida do ano, poucos esperavam um 2008 tão movimentado e cheio de surpresas. O 1º GP pareceu uma aberração, com muitas vítimas do recém proibido controle de tração. A grande expectativa era a de que os pilotos da Ferrari e Hamilton duelassem pelas vitórias em provas marcadas até mesmo por uma certa monotonia. Mas esta foi palavra rara em 2008. Salvo algumas excessões, as corridas têm sido bem movimentadas e percebemos que o número de ultrapassagens aumentou consideravelmente. Notamos também, que novos nomes surgiram entre os frequentadores das primeiras filas e pódios. Aliado a todos esses fatores, um certo componente tem desempenhado papel importante neste ano: o IMPREVISTO.

Erros primários de ponteiros, equívocos bizarros de equipes consagradas, chuvas repentinas, pistas sem pavimentação, problemas mecânicos de última hora. Todos esses temperos estiveram presentes nas 9 primeiras corridas de 2008. Foram tantos imprevistos que é até engraçado lembrar de campeonatos anteriores, nos tempos áureos de Schumacher e Ferrari, quando tudo dava tão certo que nem chuva caía. Só este ano, esta amiguinha compareceu 2 vezes durante as corridas, pronta para protagonizar o espetáculo. Resultado de todo este imprevisto? Quatro pilotos já se revezaram na liderança e agora, chegamos a um empate triplo entre Massa, Hamilton e Raikkonen, com Kubica a apenas 2 pontos do topo da tabela.

Além disso, temos que destacar o fato de que a F1 e seu público em geral começam a "desapregar" os olhos dos ponteiros e observar os pilotos dos pelotões intermediários e da reta-guarda. E ali, descobrimos uma F1 cheia de ultrapassagens e disputas na pista, pilotos talentosos e até mesmo um bi-campeão do mundo que luta contra sua Renault de personalidade fraca. Vemos as câmeras destacarem mais esses pilotos durante as transmissões apesar de que, muitas vezes, essas lutas não valem sequer um pontinho...

Algumas novidades também chegaram para ajudar neste cenário competitivo da F1 2008. O banimento do controle de tração e a uniformização do sistema de gerenciamento eletrônico dos carros fez com que o fator "piloto" desempenhasse papel mais importante e decisivo em corridas e tomadas de tempo. Claro, que os pilotos vão jurar de pé junto que não faz a mínima diferença pilotar um carro com ou sem controle de tração, mas agora as decisões tomadas em cada manobra e no contorno de cada curva são mais importantes. Qualquer erro pode ser fatal e as consequências vão desde a perda de um milésimo de segundo até uma saída de pista que pode custar o trabalho de um fim de semana inteiro. Com isso, pôde-se verificar que alguns talentos, antes intocáveis, também podem ser contestados e que arrojo desacompanhado de prudência não vence corrida.

Comparando temporadas, 2008, na nossa sincera opinião, está ainda mais emocionante que 2007. Claro que sem toda aquela tensão gerada pela briga Alonso - Hamilton e o escândalo de espionagem encabeçado pela McLaren. Tirando as revelações das fantasias sexuais para lá de bizarras de Max Mosley e a falência da Super Aguri, a vida nos paddocks está bem mais tranquila. A disputa tem se revelado grande mesmo nas pistas. Os nomes de Kovalainen e Kubica apareceram como donos de pole positions e o polonês também marcou presença entre os vencedores e líderes do campeonato. A Ferrari e seus pilotos alternaram grandes atuações com corridas de desempenho pífio e por isso não conseguiram descolar na tabela do campeonato. A mesma irregularidade é percebida no desempenho de Lewis Hamilton. Quando todos esperavam que a temporada estaria nas mãos de McLaren e Ferrari, eis que surge uma BMW forte, competitiva, com uma dupla de pilotos equilibrada e que vem surpreendendo assumindo a vice-liderança do campeonato de construtores. Não podemos deixar de destacar os visitantes de luxo dos pódios, Barrichello, Trulli e Coulthard, que tem demonstrado que a experiência ainda conta muito.
Esperamos que a disputa continue apertada durante as próximas corridas. E que muitas emoções ainda estejam por vir! Ah, e é claro, que tenhamos um grande espetáculo em Interlagos em 2 de novembro!


Perguntas instigantes (versão meia temporada):

Kubica voltará a vencer?

Até quando a paciência de Alonso aguentará a falta de resultado da Renault?

Como estaria a tabela do Mundial de pilotos se Alonso tivesse permanecido na McLaren? (a custa de muita maracujina)

A Ferrari irá favorecer algum de seus pilotos antes do fim da temporada?

Heidfeld e Kovalainen vencerão corridas este ano?
O campeonato será decidido no Brasil?


domingo, 13 de julho de 2008

Hoje é dia de Bia!!


Hoje Bia Figueiredo fez história ao conquistar pela primeira vez uma vitória na etapa de Nashville da Indy Lights, categoria de acesso à Fórmula Indy. Esta é a maior conquista de uma pilota brasileira no exterior e a primeira vez que uma representante do sexo feminino triunfa na Indy Light.

Bia largou na primeira fila ao lado do companheiro de equipe James Davison. A largada foi atrasada em quase duas horas devido o temporal que desabou sobre o circuito do Tennessee. Assim, a prova foi disputada sob pista molhada e logo na largada a pilota brasileira perdeu a segunda colocação para Dillon Battistini e também foi superada posteriormente por Jeff Simmons. Porém a sorte começou a sorrir para Bia na volta 16 quando Battistini e Simmons se encontraram na pista e bateram, fazendo com que a brasileira herdasse a 2ª posição. A partir daí Bia começou a atacar Davison de forma consistente, baixando o tempo volta após volta, até que ultrapassou o piloto americano no giro 32. Após assumir a liderança, Bia conduziu tranquilamnete seu carro da equipe Sam Schmidt até a vitória no oval de Nashville. Bobby Wilson e Arie Luyendyk Jr. completaram o pódio.

Com este resultado, Bia entra de vez na briga pelo título na Indy Lights, ocupando a 3º posição no campeonado de pilotos, 40 pontos atrás do líder. Este ano Bia já foi ao pódio 3 vezes na terceira posição nas etapas de St Petersburg, Iowa e Watkins Glen.

No Brasil, Bia teve carreira vitoriosa no kart, seguiu para a extinta Fórmula Renault, onde fez boas corridas. Em 2006 disputou a Fórmula 3 Sul-Americana e foi reserva da equipe brasileira da A1 GP, entretanto, em 2007 não conseguiu cockpit para correr na Europa. Por isso, em 2008 resolveu tentar a sorte nos Estados Unidos.
Ainda temos plena convicção de que Bia teria se dado bem se tivesse seguido para a F3 Inglesa (se tivesse conseguido cockpit por lá). O fato de ter passado 2007 inteiro sem correr por não ter ninguém interessado ainda nos deixa com uma grande pulga atrás da orelha sobre o sexismo no automobilismo. Entretanto, chegando bem às categorias de ponta dos EUA e vindo de uma escola de pistas mistas no automobilismo, pensamos que ela tem plenas condições de disputar a GP2 e quem sabe até chegar à F1.

Mais fotos do dia de Bia!!





Crédito fotos: IndyCar

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Hehehe da Inglaterra


É amigos, chegou a hora do hehehe da Inglaterra. Corridinha movimentada e fim de semana cheio de acontecimentos, ou seja muito material para o Hehehe.

Vamos começar pelo vexame da Ferrari. Tudo teve início com uma trapalhada de porcas no sábado e no domingo teve de tudo. Não trocaram pneu quendo tinha que trocar, estratégias equivocadas e apostaram em SOL em pleno verão inglês. Mas, com exclusividade, o nosso blog apurou as causas de tantas trapalhadas. E descobrimos que deram a Felipe Massa e Kimi Raikkonen uma equipe genérica completa, comprada por uma bagatela na tadicional Feira dos Importados de Brasília, ou simplesmente, Feira do Paraguai. A falsificação fica evidente na grafia do nome da escuderia:


Estado do carro de Felipe Massa após a 525874569 rodada no GP da Inglaterra


Ah, sim, aora nem precisa demitir o Domenincali. Basta procurar onde está o verdadeiro.

Jenson Button: Não adianta esconder. A verdade sempre vem à tona. Jenson tascou um beijo em Coulthard. Disse que vai ficar com saudade do conterrâneo / companheiro de baladas (suspeito, muito suspeito).


Mas não é de se estranhar que Jenson ande por aí dando molhadas bitocas em Coulthard. O que se pode esperar de uma criatura que usa um "Ternommm Douradommmm de cetimmmm???" (Falado com voz e sotaque do Clodovil). A garota pendurada no pescoço não fez a mínima diferença. No mínimo suspeito, muito suspeito...


Trulli: Coisas que o patrocinador obriga os pilotos a fazerem. Baixaram na Inglaterra com batmovel, motobatman e o Trulli logo quis brincar de Batman e Robin na motoca. Pena que a ergonomia do veículo não favorece muito a masculinidade.


Por fim, depois de conquistar sua primeira pole position de forma brilhante e totalmente merecida, Heikki Kovalainen foi brutalmente assediado no retorno aos pits. O autor da agressão?? Nelsinho Piquet, que resolveu comemorar a pole do finlandês com uma beliscada um tanto quanto PROFUNDA na "beiça" da bunda do pobre Heikki... Traumatizante...


Totalmente dispensável...

Por hoje é só. Vamos ficar devendo o link para o vídeo do mico que Barrichello e a Honda pagaram ao comemorar o pódio e a grade caiu derrubando toda a galera (a Honda é assim, até quando se dá bem, paga mico)... Mas se alguém encontrar, é só mandar o link que a gente publica!


Até o hehehe da Alemanha! Uma bitoca molhada do Robert Kubica no cangote de todos!!!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

GP da Inglaterra - O dilúvio em Silverstone


Todo mundo sabe que não existe tempo firme na Inglaterra. E desde a semana passada, muitos blogs da blogosfera já previam: vai chover durante o GP da Inglaterra. A probabilidade de chuva aumentava diariamente. E hoje ela se concretizou. O céu desabou sobre Silverstone, encharcando a pista e praticamente garantindo que a corrida de hoje seria das melhores.

Todos ainda estavam um pouco na "ressaca" da pole-surpresa de Kovalainen. Alguns duvidavam que Kovalainen e Webber segurassem suas posições na primeira fila por muito tempo. A verdade é que, com uma pista tão molhada e dois pilotos improváveis na primeira fila, tudo poderia acontecer...
  • Na largada às cegas devido o intenso spray levantado pelos carros, viu-se um Hamilton que pulou da 4ª para a 2º posição antes da primeira curva e passou a duelar de maneira intensa com Kovalainen. Webber e Raikkonen seguiam atrás, entretanto o piloto australiano estranhou a água na pista e rodou. Hamilton ultrapassou Kovalainen na 5ª volta;

  • Massa foi uma das vítmas precoces da chuva. Logo na 1ª volta o brasileiro rodou na curva Farm e saiu da pista, iniciando seu calvário pela pista inglesa. Coulthard e Vettel saíram na Priory, mas não conseguiram retornar à pista, abandonando a prova;

  • Na 10ª volta Raikkonen ultrapassou Kovalainen e assumiu a 2ª posição, reduzindo a diferença para o líder Hamilton até a entrada para os boxes. No primeiro pit stop erro grosseiro da Ferrari: mantiveram os pneus de Raikkonen, já um pouco desgastados, repetindo o procedimento com Massa. No retorno à pista, os pilotos da escuderia italiana praticamente não conseguiam correr. Dessa forma, Raikkonen perdeu a vice-liderança da corrida para Heidfeld, que realizou uma bela manobra ultrapassando 2 carros de uma vez só;

  • Quando a chuva parecia dar uma trégua, ela voltou com força total na volta 36, pegando muita gente desprevenida e proporcionando um verdadeiro show de rodadas. Hamilton, Raikkonen, Kovalainen, Kubica e Glock aquaplanaram diversas vezes. Piquet - que estava andando bem e ocupava a 4ª colocação - também não resistiu ao aguaceiro, rodou e abandonou, perdendo a chance de marcar mais pontos;

  • A esta altura quem se deu bem foi a Honda e Barrichello, que apostaram nos pneus para chuva forte e voltaram à pista com tudo. O brasileiro chegou a andar 17s abaixo do melhor tempo dos outros pilotos na pista. Só não chegou em segundo porque teve que retornar aos pits nas voltas finais;

  • Assim, Hamilton precisou apenas tomar cuidado para chegar 40s à frente de Nick Heidfeld, o 2º colocado. Barrichello descolou um suado pódio na terceira posição. Raikkonen ultrapassou Alonso e Kovalainen para garantir a 4ª colocação. Kovalainen, Alonso Trulli e Nakajima completaram os "sortudos" que pontuaram hoje;

  • Com o abandono de Kubica, o último lugar de Massa, a vitória de Hamilton e os pontinhos garimpados por Raikkonen no final, o campeonato está empatado com Hamilton, Massa e Raikkonen na liderança com 48 pontos. Kubica vem logo atrás com 46. Esta temporada promete cada vez mais...

Pontos positivos:

  • Kovalainen: foi rápido o fim de semana inteiro e ontem fez um temporal na pole, deixando Hamilton e Ferraris a ver navios. Hoje padeceu com a chuva, rodou, mas lutou e conseguiu pontuar. Se o tempo estivesse seco, poderia ter vencido sua primeira corrida na F1;

  • Heidfeld: pilotou de forma sábia e madura, conseguindo tirar o melhor de seu BMW e demosntrando pouco sofrimento com a chuva. Fez belas ultrapasssagens e chegou a mais um pódio. Só precisa exorcisar o Heidfeld apático e sem graça que aparece em algumas corridas e manter o de hoje se quiser vencer;

  • Hamilton: Nas últimas semandas ele foi chamado de afoito, imaturo, trapalhão, barbeiro, pão-duro e brocha. Chegou à Inglaterra com o peso do mundo nas costas e quando já estava virando piada geral acabou fazendo uma grande corrida, demonstrando habilidade, força e determinação. Como resultado conquistou uma vitória brilhante e incontestável em casa, fazendo as pazes com os fãs e a imprensa (pelo menos por enquanto).

Marretadas:

  • Ferrari: Erros, erros e mais erros. A equipe é a melhor, tem dois pilotos fantásticos, os melhores engenheiros, uma estrutura invejável. Mas está faltando organização, pessoas que fiquem de olho nos pilotos e nos seus carros, que não bolem essas estratégias engessadas que não evoluem com a corrida. Fala sério, qual é o problema de parafusar UM prisioneiro numa roda ou de verificar as condições da pista antes do pit-stop?

  • Stefano Domenicali: é o tendão de Aquiles da Ferrari. Não tem a moral de um Ross Brawn, nem o poder organizacional de um Jean Todt muito menos o carisma de Flavio Briatore e nem a esperteza de Ron Dennis. A Ferrari parece seguir sem um cabeça, um líder. Domenicalli é aquele cara típico "nerds", que sabe tudo, mas na prática tem pouco peito para enfrentar as situações, pouca velocidade de decisão e nenhum carisma para agregar pessoal. Se fosse Lucca de Montezemolo mandava ele de volta para o escritório e arranjava outro para ficar na mureta...

  • Bernie Ecclestone: mais uma vez seus arroubos or novidades apareceram mais que tudo. Desta vez o alvo foi Silverstone. Que dizem, cederá lugar a um turbinado Donington Park, que vai ganhar pista, arquibancadas, estacionamento, paddock, hotéis e auto-estradas novos até 2010. Só resta saber se vão matar o traçado original de Donington para mais um daqueles estacionamentos de supermercado do Tilke. Parece que a F1 terá de se despedir de seu berço ano que vem. Francamente...

Prêmio roda bahiana: 19 pilotos da F1

A LIESA (Liga das Escolas de Samba) está em polvorosa. Tenta a qualquer custo entrar em contato com Bernie Ecclestone. O motivo? Negociar a participação de todos os pilotos que largaram hoje (exceto Barrichello) nos desfiles das escolas de samba do ano que vem. Segundo a Liga, a participação deles não vai atrapalhar os trabalhos na F1, já que a próxima temporada vai começar no fim de março. Hoje sobraram rodadas. Se fosse na Sapucaí o espetáculo da ala das bahianas estaria completo. Os pilotos devem estar morrendo de saudade de seu melhor amiguinho que se foi no fim do ano passado: o controle de tração...

Prêmio cata-lebre: Felipe Massa

Tatu não é chegado em água. Por isso é que na terra da Rainha Elizabeth não tem o bichinho. Mas não tem problema. Felipe Massa achou lebre em Silverstone e resolveu catar todas, uma delas em frente às câmeras em uma das suas inúmeras rodadas. Líder não pode cometer tantos erros como Felipe fez hoje. Parece praga: assumiu a liderança, faz bobagem na corrida seguinte. Mas nem tudo está perdido. Agora tem mais 2 para acompanhá-lo na liderança e quem sabe, dividir este prêmio na Alemanha...

Troféu F1-V8: Rubens Barrichello

Fez uma apresentação de mestre hoje. Certamente quando viu o dia amanhecer chuvoso em Silverstone soube que tinha chances de chegar aos pontos. Já na primeira volta, quando todos escorregavam no spray, Barrichello ultrapassou 9 carros e pulou de 16º para 6ª posição. Quando colocou pneus de chuva, massacrou os tempos dos outros pilotos, girando 17s abaixo do melhor na pista. Isto tudo pilotando uma Honda, que apresentava muitas dificuldades nos treinos de sexta e sábado. Reafirma a lenda sobre seu desempenho na chuva e exorcisa algumas suspeitas de aposentadoria.

Perguntas instigantes:

Metade da temporada, quatro pilotos com chances no páreo pelo título. Algum deles irá se destacar daqui para frente ou chegaremos a uma incrível decisão quádrupla em Interlagos?

sábado, 5 de julho de 2008

GP da Inglaterra - Kovalainen na pole

Crédito: www.itv-f1.com
Muitos cotavam o nome de Massa, outros achavam que Hamilton se redimiria de suas bobagens e conseguiria a pole em casa. Mas quem vai largar de cara para o vento amanhã será o finlandês Heikki Kovalainen, que pela primeira vez vê seu nome estampado na posição 1 do grid de largada.

O treino classificatório começou com uma surpresa para pilotos e equipes. Chuviscando e fazendo sol ao mesmo tempo e ventando forte. Por isso, muitos foram para a pista garantir logo seu tempo no C1. Outros, como Nico Rosberg e Rubens Barrichello não tiveram a mesma sorte, pegaram pista úmida e acabaram de fora do C2. Na segunda parte do treino, a surpresa foi o desempenho dos carros da Toro Rosso, com Vettel classificando-se bem para a superpole. Hamilton, foi o mais veloz dessa fase, sinalizando uma provável pole no C3.

Entretanto, a superpole revelou novas surpresas e nomes improváveis para o domínio do treino. O líder do campeonato Felipe Massa ficou de fora da disputa por um vacilo da Ferrari, que não o colocou na pista a tempo de dar a sua última volta rápida. Hamilton, vinha baixando o tempo e marcaria a pole, não fosse uma escapada Priory que o deixou na 2ª fila. Piquet e Vettel surpreenderam, mostraram força e consistência e largarão em 7º e 8º respectivamente. Fernando Alonso conseguiu levar sua Renault à 6ª colocação e dividirá a 3ª fila com Nick Heidfeld da BMW. Seu companheiro de equipe, Robert Kubica nem saiu dos boxes no C3. As grandes surpresas do dia ficaram nas mãos de Mark Webber e Heikki Kovalainen. O piloto australiano levou a sua Red Bull à primeira fila com o tempo de 1:21.554, que desbancou o então pole position Kimi Raikkonen. Entretanto, logo depois, nos últimos instantes do treino, Heikki Kovalainen voou pelas curvas de Silvertone e trouxe a pole para o time da casa, com o tempo de 1:21.049, quase meio segundo de diferença em relação ao 2º colocado.

Muitos podem discutir sobre a quantidade de combustível dos líderes e quem estaria mais leve. Se tivéssemos que apostar, apostaríamos que Webber vem bem leve para a corrida, entretanto, o temporal conseguido por Heikki Kovalainen não é fruto de tanque vazio. O finlandês andou rápido durante todo o fim de semana e realmente tinha um carro superior na qualificação de hoje. Além disso, kovalainen soube dosar arrojo e perícia para conseguir o melhor tempo no C3 e conquistar sua merecida pole. O finlandês da McLaren agora está mais próximo do que nunca de sua tão sonhada primeira vitória na F1, e caminhará a passos firmes para ela amanhã, se o típico mal tempo inglês permitir.

Tudo sobre - GP da Inglaterra

O circuito
Nome: Silverstone Circuit
Distância: 5,141 km
Número de voltas: 60
Recorde de volta: 1:18.739 - M Schumacher (2004)
Pole em 2007: 1:19.997 - Lewis Hamilton, McLaren
Durante a II Guerra, a região em um planalto inglês serviu como aeroporto para aviões militares. Com a chegada dos tempos de paz, resolveram mudar sua finalidade e colocaram o nome de Silverstone. Pronto, nascia o berço da Formula 1, que recebeu a primeira corrida da categoria em 1950.

Desta vez a F1 desembarca na pista inglesa com uma grave ameaça: a partir de 2010 o GP da Inglaterra seria disputado em um "revitalizado" Donington Park. Muitos dizem que não tem mais volta e que Silverstone passará pelo menos 10 anos fora do calendário. Por isso mesmo, muitos já se adiantaram e começam a garantir seus ingressos para a corrida de 2009. Por ser um circuito tão tradicional, Silverstone tem pontos que são míticos e consagraram muitos pilotos, como Ayrton Senna. Curvas como a Stowe, Copse, Abbey, Woodcote e Club estão presentes desde 1949, data da inauguração da pista. Ayrton Senna foi um dos grandes vencedores desta pista em seus tempos de F3 inglesa, chegando a batizá-la de "Silvastone".

Do ponto de vista técnico, Silverstone é um circuito de curvas velozes e de exigência aerodinâmica de média a alta. Um dos principais problemas no acerto aerodinâmico é o vento forte que teima a aparecer durante os treios e corridas, desestabilizando os carros em alguns pontos importantes do circuito. Outra característica marcante é o asfalto com algumas ondulações que podem prejudicar os pilotos na hora de conseguir a volta perfeita. A suspensão é acertada com mais rigidez na dianteira e a traseira mais solta, o que dá ao carro um senso melhor de direção nas entradas de curvas e maior tração nas saídas. Este acerto tem que ser preciso, já que o circuito favorece saídas de traseira nos carros, o que pode compremeter a durabilidade dos pneus. Com muitas curvas de alta, os motores fazem a diferença em Silverstone, onde se passa aproximadamente 71% da volta com o pé apregado no acelerador.

Esta pista tão antiga ainda guarda muitos desafios para seus pilotos. A sua primeira parte é a preferida de muitos da turma do cockpit. Depois de largar, já se dá de cara com a Copse, uma curva rápida, tomada à direita e que pode levar muita gente a passar reto na primeira volta. Em seguida vem a sequência de curvas formadas pela Maggots, Beketts e Chapel. Essas três irmãs não dão refresco para ninguém e as intensas variações de direção a alta velocidade são ao mesmo tempo emocionantes e sacrificantes após 60 voltas. Outro ponto crítico é a Stowe, rápida e traiçoeira. Uma escapada ali significa muro na certa. A chincane Abbey também merece atenção redobrada. Outros fatores contribuem para aumentar a complexidade da pista, como a ausência de área de escape e também o tempo típico inglês, onde pode chover a qualquer momento.


Em 2007

No GP da Inglaterra de 2007 todos acompanhavam a ressurreição de Raikkonen no campeonato, que após vencer o GP da França 1 semana antes, desembarcou na Inglaterra com novo fôlego. Assim, desbancou os favoritos Fernando Alonso e Lewis Hamilton e conquistou a 3ª vitória no campeonato, colocando-se novamente na disputa pelo título.