Quem diria que um versículo bíblico seria válido no mundo da Fórmula 1? E foi justamente isso que vimos em Melbourne. Ainda é recente a lembrança da Brawn em seus tempos de Honda largando das últimas posições e penando para terminar uma mísera prova. Mas, 4 meses depois, com novo nome e novo fôlego, vimos algo surpreendente: A Brawn dando banho em todos, colocando Ferrari e McLaren para comer poeira. Essa foi apenas uma das surpresas desta primeira etapa da F1 2009. E pelo que vimos, com diversas equipes interpretando o regulamento a seu modo, teremos muitas disputas no tapetão.
Em Melbourne, como sempre, as condições de pista não era das melhores. O asfalto que já é liso naturalmente, estava bastante sujo. Com as novas regras de pneus, este primeiro teste seria também o mais duro para a maioria dos pilotos.
Em Melbourne, como sempre, as condições de pista não era das melhores. O asfalto que já é liso naturalmente, estava bastante sujo. Com as novas regras de pneus, este primeiro teste seria também o mais duro para a maioria dos pilotos.
- Logo no grid de largada, a surpresa. Os carros da Ferrari na 3ª fila, Hamilton saindo da última posição, Toyota punida por ilegalidades aerodinâmicas, Button e Barrichsignificatiello na 1ª fila. Kubica e Vettel prometiam infernizar a turma dos difusores largando nas primeiras posições;
- Assim que as luzes vermelhas se apagaram, Button pulou na frente para garantir a ponta. Barrichello dormiu na largada e teve que se espremer no bolo intermediário do grid. Logo saiu o primeiro desentendimento entre aerofólios dianteiros gigantes, que vitimou o carro de Kovalainen. Os pneus slicks e o novo visual deu à largada uma imagem diferente, era como se os carros não conseguissem se manter na pista;
- Daí em diante a corrida foi dominada por Button, que não chegou a sofrer ameaças significativas. Entretanto era evidente o domínio dos carros com difusor especial em relação aos outros. Este fato ficou claro quando, logo na primeira parte da corrida Rosberg e Barrichello aproximaram-se facilmente da Ferrari de Felipe Massa logo após terem praticamente "engolido" Kimi Raikkonen algumas curvas antes. Isto era praticamente improvável uma temporada atrás;
- Uma batida de Nakajima obrigou a entrada do Safety Car. Provavelmente o japonês foi mais uma vitima da mistura pneus + freios frios + pista escorregadia. O mesmo tipo de erro colocou Raikkonen e sua Ferrari para fora da prova voltas mais tarde;
- Todo o esforço em mudanças ocorreu para que o número de ultrapassagens aumentasse. O que ocorreu de fato. Entretanto o motivo causador de muitas das manobras eram as dificuldades enfrentadas pela maioria dos pilotos em guiar seus carros. principalmente na saída dos pits e com pneus novos, onde se percebia claramente a vantagem de quem vinha com pneus aquecidos;
- Ao final, o saldo foi de 7 carros largando com KERS (Ferrari, McLaren, Renault e a BMW de Heidfeld) e 3 com difusores eswpeciais. Na batalha das novidades técnicas, os difusores ganharam de longe
- Bandeirada sob Safety Car para Button, seguido de Barrichello e Trulli, que acabou sendo punido mais tarde. Hamilton, Glock, Alonso, Buemi, Bourdais e Sutil. Massa e Piquet abandonaram. No final das contas, muita gente habituada ao fundão teve seu dia de glória na Austrália.
Pontos Positivos:
- Hamilton e sua corrida de recuperação: até a tarde de domingo, Lewis Hamilton ainda não tinha ohonrado o número 1 que carrega no bico de sua McLaren. Mas na corrida fez valer seu título. Saiu da última posição, após ser punido pela troca de câmbio, e veio ultrapassando todo mundo, mesmo com dificuldades evidentes em conduzir seu Mclaren. Um dos poucos que conseguiu ultrapassar a galera do difusor.
- Buemi e sua estréia: Ninguém dava muito valor a Sebastian Buemi na Toro Rosso. Afinal, o suíço e calouro não teve lá participação tão brilhante em outras categorias. Mas Buemi soube aproveitar-se da dificuldade que todos enfrentaram com os carros novos e manteve os nervos no lugar para cruzar a linha de chegada em 7º. Se foi sorte de calouro ou braço bom, vamos vernas próximas corridas.
- Alonso, Barrichello, Button, Trulli: todos fizeram boas corridas. Button não deu chance para ninguém, Barrichello soube aproveitar-se do carro superior para recuperar-se do vacilo da largada, Alonso foi valente e soube fechar a porta na cara de carros mais velozes e Trulli saiu de trás e acabou no pódio, pena que os ficais acabaram com sua festa punindo-o por uma ultrapassgem irregular.
Marretadas
- KERS: 7 carros largaram com KERS e nenhum fez boa corrida. A intenção no uso do dispositivo é válida. porám as equipes não tiveram tempo de desenvolver a tecnologia de forma apropriada. Resultado? O KERS virou um peso morto (de 60 kg) que mais atrapalha que ajuda durante a corrida.
- Regras Safety Car e Pneus: Todos estavam com saudades dos slicks. Tá certo, pneu de corrida é pneu liso. Mas a proibição do pré-aquecimento do pneu é desnecessária. A volta das trocas durante o GP da Austrália era um verdadeiro suplício, e também uma grande injustiça. Não é legal ver pilotos em apuros, tentando controlar os carros. E a nova regra do SC ainda está confusa e burocrática. Quando o carro madrinha encontrou Jenson Button para alinhar todo mundo, o fato gerador da sua entrada (acidente de Nakajima) já havia sido retirado da pista.
- Decadência das grandes: o que Ferrari, McLaren e Renault fizeram durante o inverno?
Troféu Cata-tatu: Kubica x Vettel
Fizeram um fim de semana espetacular e parecem ser as únicas esperanças de quebrar a hegemonia da galera da Brawn em algumas pistas. A disputa entre os dois pelo segundo lugar, a três voltas do final prometia. Mas, parecendo acometidos por um encosto de "jumento chucro" enroscaram-se na curva. Sim, sim, seria covarde se eles combinassem um jogo de compadres e deixassem por isso mesmo, subindo ao pódio para beber champagne. Mas arrojo também exige prudência. Na nossa opinião, os dois foram culpados. Sabiam que o comportamento do carro novo ainda é totalmente estranho, aceleraram demais, perderam a asa dianteira, aceleraram mais ainda e pipocaram no muro. Vettel ainda se colocou em risco tentado arrastar-se para o fim com uma roda pendurada que poderia voar para qualquer lugar, inclusive para cima de sua cabeça. Meninos, menos, muito menos, quase NADA!
Troféu F1-V8: Brawn GP
Das últimas fileiras do grid para uma vitória sem adversários. Que santo fez este milagre tão grande? Certamente o céu ajudou, principalmente na hora em que foi realizada uma "esterilização" na equipe e o pessoal da Honda desenfetou. Um monte de executivos bem pagos, de administradores e de burocratas acostumados a fazer propaganda, fechar negócios e bolar contratos com cláusulas exorbitantes cairam fora do negócio de fazer carro de F1. Função que, sinceramente, jamais deve sair das mão de quem é habilitado para isso. E Ross Brawn é um desses caras. Se o carro está dopado, fora de especificações, não se sabe ainda. Mas a leitura ousada do regulamento, a sede em colocar um carro bom na pista aliada ao ressurgimento de Jenson Button como piloto talentoso (que sempre foi) e vencedor, além da experiência de Barrichello parecem ser no momento uma receia imbatível. As grandes que se cuidem!
Fizeram um fim de semana espetacular e parecem ser as únicas esperanças de quebrar a hegemonia da galera da Brawn em algumas pistas. A disputa entre os dois pelo segundo lugar, a três voltas do final prometia. Mas, parecendo acometidos por um encosto de "jumento chucro" enroscaram-se na curva. Sim, sim, seria covarde se eles combinassem um jogo de compadres e deixassem por isso mesmo, subindo ao pódio para beber champagne. Mas arrojo também exige prudência. Na nossa opinião, os dois foram culpados. Sabiam que o comportamento do carro novo ainda é totalmente estranho, aceleraram demais, perderam a asa dianteira, aceleraram mais ainda e pipocaram no muro. Vettel ainda se colocou em risco tentado arrastar-se para o fim com uma roda pendurada que poderia voar para qualquer lugar, inclusive para cima de sua cabeça. Meninos, menos, muito menos, quase NADA!
Troféu F1-V8: Brawn GP
Das últimas fileiras do grid para uma vitória sem adversários. Que santo fez este milagre tão grande? Certamente o céu ajudou, principalmente na hora em que foi realizada uma "esterilização" na equipe e o pessoal da Honda desenfetou. Um monte de executivos bem pagos, de administradores e de burocratas acostumados a fazer propaganda, fechar negócios e bolar contratos com cláusulas exorbitantes cairam fora do negócio de fazer carro de F1. Função que, sinceramente, jamais deve sair das mão de quem é habilitado para isso. E Ross Brawn é um desses caras. Se o carro está dopado, fora de especificações, não se sabe ainda. Mas a leitura ousada do regulamento, a sede em colocar um carro bom na pista aliada ao ressurgimento de Jenson Button como piloto talentoso (que sempre foi) e vencedor, além da experiência de Barrichello parecem ser no momento uma receia imbatível. As grandes que se cuidem!
Perguntas instigantes: Existe um algo a mais (ilegal) no carro da Brawn????
4 comentários:
eu não estudo disenho industrial(jeje) mais acho que a grande vantagem não pode ser devida ao difussor.
acho que mais do que algo ilegal, há uma boa mistura de um motor potente, uma aerodinámica fácil e igualada, e um genio ao mando.
Eu penso que sim, não sei o que, mas penso que sim.
Ainda que pareça leviano de minha parte levantar lebres sobre o carro da Brawn, me cheira aquelas mutretas que o Briatore fazia nas Beneton do Schumacher.
Achei a corrida nota sete.
Sim, Vettel e Kubica foram amadores, concordo!
Meninas,
Tudo legal com a Brawn...ele teve mais tempo para pensar...alias ele nao precisa de tempo!!!...e saiu com algo melhor!
Abraco!!
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