quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Não existe piloto feio, existe piloto pobre

Schumacher antes da fama, nos seus tempos pré-F1:

Já devia acelerar pra caramba, mas...


Bigodinho de porteiro ruivo, olho fora do eixo, cabelo com o famigerado mullet (preto ou pintado de preto, não se sabe ao certo), branco de dar dó, um p*ta queixo!!


Alguns milhões de euros depois (e 7 títulos também):

TUDO MUDOU!! O mullet horrendo foi embora, o bigodinho também!!! O olho entrou no eixo (sabe-se lá como). Deu uma arrumada no nariz e principalmente no queixo! A pele agora é impecavelmente bronzeada (mesmo no inverno). E algo que ajudou bastante: um banho de grife DAQUELES!

Isso só comprova a teoria: NÃO EXISTE PILOTO FEIO. EXISTE PILOTO POBRE!

Heikki se deu bem!



Ele teve uma primeira temporada cheia de altos e baixos. Quando saiu o anúncio de que Alonso e Piquet seriam os titulares da Reanult em 2008, muitos pensaram que Kovalainen voltaria para o estaleiro. Mas dias depois foi anunciado como piloto da McLaren.
Heikki se deu bem. Vai pilotar na McLaren, uma "casa finlandesa com certeza" depois das passagens de Häkkinen e Räikkönen. Vai trabalhar para a equpe que, certamente, tem o maior potencial técnico de todas e um centro de tecnologia e desenvolvimento que parece coisa de cinema. Além de ter um carro que provou ser veloz e confiável durante a temporada de 2007.

Mas Ron Dennis também saiu ganhando. Depois de algumas temporadas enfrentando pilotos talentosos e de temperamentos difíceis (leia-se Montoya, Raikkonen e Alonso), agora ele precisa de um pouco de paz. E Kovalainen é o cara certo. Faz o tipo obediente-trabalhador- low profile, não é visto em festas ou noitadas, além de sinalizar um bom relacionamento com Lewis Hamilton. Algo assim, bem Mika Hakkinen, de quem Dennis sempre gostou. Além disso, é um talento que ainda precisa de lapidação, algo que o chefão inglês fará com gosto, caso Heikki aceite de bom grado.

Enfim, sossego para Dennis, chance de ouro para Heikki, Hamilton longe de Alonso.

O Natal será de paz pelas bandas de Woking.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Seria a Renault Passárgada?


Vou-me embora pra Renault


Lá sou amigo do rei


Lá tenho o carro que eu quero


E o companheiro que escolherei



(Favor não trocar as palavras carro e companheiro nos versos finais. Pode pegar mal para o Nelsinho Piquet!)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A Stock Car é realmente SEGURA?

É tempo de se questionar a segurança na Stock Car Brasil. A maior categoria de automobilismo no país evoluiu muito nos últimos 5 anos. Transformou-se em um espetáculo do marketing, virou sucesso de público, trouxe de volta nomes que passaram recentemente pela F-1 e os seus carros ficaram cada vez mais velozes. Tudo isso é muito bom, mas e a segurança?
Neste domingo, a categoria testemunhou uma tragédia. A morte do jovem piloto Rafael Sperafico em Interlagos chocou a todos no mundo do automobilismo e fora dele. A força dos dois impactos e o estado em que ficou o que sobrou do carro de Rafael pareciam cenas de filme de terror na TV.
Sempre que ocorre um fato chocante como esse, as pessoas começam a se questionar. Algo poderia ter sido feito para evitar a tragédia? De quem é a culpa? Os carros das 3 categorias da Stock Car são realmente seguros?
A forma com que o carro espatifou-se no muro e retornou para a pista, ficando vulnerável a receber outros choques nos fazem ter certeza de que a Curva do Café em Interlagos necessita de mudanças. A barreira de pneus localizada no muro de proteção proporciona um choque totalmente elástico, principalmente para um carro de turismo com massa maior que a de um monoposto. Essa situação de batidas e retorno de pista repetiu-se muitas vezes neste ano na Stock, ocasionando acidentes de menores proporções. Talvez a solução para aquele ponto esteja na adoção de um soft-wall, que absorve a energia do impacto evitando retornos à pista dos carros batidos. Além disso, um piso em asfalto de alta rugosidade ou mesmo uma caixa de brita poderiam diminuir a velocidade do carro e minimizar os riscos de um acidente nessas proporções.
Um segundo ponto importante é a segurança dos carros de Stock Car. Já passou do tempo de haver um compromentimento maior com a Responsabilidade Técnica na Stock Car Brasil. Os chassis tubulares em forma de gaiola são fabricados em liga de aço cromo-molibdênio, de alta resistência mecânica. A geometria da gaiola é projetada (a princípio) para que se proteja o piloto de capotagens. Entretanto, até onde as equipes assumem a responsabilidade de sua estrutura? Percebe-se grande preocupação em acertos de pneus, suspensões, motores, freios. Mas pouco se ouve falar na evolução da segurança no habitáculo do piloto. É urgente a necessidade de um programa de de otimização da estrutura dos carros através de estudos de simulação numérica, para simular situações extremas de impacto e também de ensaios práticos, como crash tests.
Numa categoria tão evoluída e que atrai tanto a atenção de público e patrocinadores é inconcebível que certas decisões técnicas sejam tomadas por "preparadores" e não por engenheiros que têm responsabilidade técnica para tal. Estamos cansados de ver equipes importando profissionais alemães, argentinos, americanos para fazerem ajustes de última hora. Por que não confiar nos profissionais nacionais e nos Institutos de Engenharia brasileiros que poderiam fazer este trabalho de otimização do chassis sem grandes custos?
Enquanto essas medidas não forem tomadas, a Stock Car Brasil continuará interrompendo o sonho de jovens pilotos como Rafael Sperafico.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Para onde vai Fernando Alonso?


Depois de 2 campeonatos vitoriosos na Renault, Alonso foi aventurar-se na McLaren. Chegou, não gostou do que viu, resolveu colocar seus títulos na sacola e agora está a procura de um novo lar. Quais seriam as suas chances em cada equipe??

1) McLaren - saiu de lá e não levou nem a poeira dos pés... Não voltará nem por decreto;

2) Ferrari - Massa e Raikkonen formaram a dupla dinâmica esse ano. Vagas, só depois de 2010;

3) BMW - Continuam com Kubica e Heidfeld. No vacancy;

4) Toyota - Alonso exigiu uma nova equipe técnica. Eles não cederam;

5) Williams - Os escorpiões que moram no bolso do Sir Frank Williams não permitiram que ele pagasse os milhões de dólares para a ida de Alonso;

6) Renault - A volta do filho pródigo só não foi confirmada porque a Renault também se sujou com o caso de espionagem. Caso seja punida, Alonso não correrá lá;

7) Red Bull - Já ofereceu carro, comida e roupa lavada para o bi-campeão. É o plano de fuga: se nada der certo com a Renault o espanhol se manda para a equipe do touro e adianta a aposentadoria de Coulthard. Mas uma coisinha ainda pode atrapalhar os planos de Alonso: sofrer com um carro pouco competitivo.


Bom, e as outras equipes?? É melhor ficar uma temporada em casa, cuidando do jardim e caminhando na esteira do que passar um ano inteiro pilotando aqueles carros...


Enquanto isso, uma dezena de pobres pilotos mortais esperam por um cockpitzinho que seja para 2008. Como já conhecemos os melindres de Fernando Alonso, essa decisão só será anunciada na última hora e vai pegar todo mundo de surpresa...


Em todo caso, se o Fernando quiser, tem vaga aqui em casa!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Depressão pós-F-1


Chega o fim da temporada. Passa um fim de semana e tudo bem. Daí vem outro, outro e mais outro... Aí a saudade começa a apertar... A gente passa o domingo inteiro zapeando pelos canais, procurando uma corrida. E nada. Daí começam os sintomas. No início só uma irritabilidade mais presente durante o fim de semana. Depois a irritabilidade aumenta e se manifesta de segunda a segunda. Chegam a ansiedade, a palpitação, o suor frio e os pesadelos durante a noite. Você começa a sentir pontadas no estômago e dores de cabeça. A garganta fica seca, as mão suadas... As noites antes agitadas com pesadelos, agora são passadas em claro. O humor varia como uma montanha russa. Sua pele arruina, o intestino já não trabalha como antes. Depois você percebe que seus cabelos estão começando a cair e que do nada, você começa a se sentir cansado para tudo.

Mas, antes de achar que seus dias estão chegando ao fim, tenho o diagnóstico: DEPRESSÃO PÓS-TEMPORADA DE FÓRMULA 1.


Para quem ama velocidade, como nós, este é o pior período. As notícias são escassas e até a apresentação dos novos carros e início dos testes de inverno vamos sofrer um bocado...


Mas este BLOG pode ajudar a abreviar o sofrimento... Notícias quentinhas diariamente (ou quase) para que juntos possamos vencer a deprê pós-temporada!!!!


Ah, por falar nisso, FALTAM 108 DIAS PARA A PRÓXIMA CORRIDA!!


Até a próxima!!!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Yksi Koskenvorva, haluta!


Depois de uma temporada disputadíssima, temos um novo campeão: Kimi Raikkonen.
O moço finlandês econômico nas palavras contrariou todas as previsões e faturou o título. Não fez corridas surpreendentes como Lewis Hamilton, não posou de campeão como Fernando Alonso. Muito pelo contrário. Andou atrás dos outros três candidatos ao campeonato durante boa parte da temporada. Muitos o taxaram de preguiçoso e chegou-se a cogitar a possibilidade de que Raikkonen passasse a trabalhar para que Felipe Massa, seu companheiro de equipe, lutasse pelo título. Na última corrida, chegou como azarão e suas possibilidades de sagrar-se campeão em 2007 eram desacreditadas até pela Ferrari.

Mas Raikkonen tinha muito a seu favor. Esta foi uma das temporadas mais tensas dos últimos tempos, cheia de escândalos e desavenças. Alonso e Hamilton, acreditando que a luta pelo título limitava-se apenas a eles dois disputaram uma guerra verbal que envolveu toda a equipe. Esse cenário, aliado à condenação da McLaren por espionagem, esquentou o clima das últimas corridas, transformando o circo da Fórmula-1 em uma verdadeira panela de pressão. Mas, nos momentos decisivos, Alonso e Hamilton não suportaram a pressão e cometeram erros que os levaram a perder pontos preciosos.

Em compensação, o outrora desacreditado Raikkonen foi acumulando pontos aqui e ali, vencendo corridas decisivas (como Bélgica e China). Quando não vencia, marcava pontos importantes, que serviram não só para corrigir os abandonos e a suposta falta de sorte do início da temporada, mas também foram fundamentais para que o piloto da Finlândia entrasse de vez na briga pelo título.

O lema do homem de gelo era “acreditar sempre” e Kimi o fez. Chegou à corrida decisiva calado, como se não ligasse para o que estava para acontecer. Mostrou uma expressão fechada e respondia aos questionamentos com monossílabos. O que para muitos poderia parecer antipatia, na verdade era Raikkonen exibindo o máximo de concentração para a luta final. O finlandês adotou o estilo “low profile”, diferentemente de seus oponentes diretos, que se expuseram em sua guerra verbal na imprensa. Durante todo o fim de semana, o homem de gelo só deu seu primeiro sorriso minutos antes da largada do GP Brasil. E era um sorriso de confiança, de quem tinha a certeza da vitória.

E assim aconteceu. Raikkonen venceu a prova decisiva e ainda contou com a sorte (logo ela que o havia deixado na mão tantas vezes) de ver Alonso e Hamilton ocupando as posições necessárias para que ganhasse o título.

Finalmente, o sonho do garoto que cresceu numa casinha sem banheiro e que deu suas primeiras aceleradas numa pequena pista próxima à sua casa virava realidade. Além disso, Kimi vingou a Ferrari, que se sentiu prejudicada no complicado caso de espionagem do qual foi vítima.

É bom ver um novo campeão na F-1. Alguém que vem para mostrar um novo estilo. Raikkonen é autêntico. Não se preocupa em passar a imagem de bom moço ou de herói internacional. Não é um grande garoto propaganda e suas declarações são sempre curtas. Quando vence, não se intimida em comemorar tomando umas e outras. Como eu ou você faríamos. O título está em boas mãos.
Agora, para brindar no estilo dos conterrâneos de Kimi Raikkonen, yksi Koskenvorva, haluta!