Para as etapas do DF, fui recrutada como fical de box pelo pessoal da CBA. Pensem num trabalhinho voluntário dos meus sonhos?? E olha que a Giselle costuma a dizer que sou salafrária, que só coloco o nariz fora de casa por verdinhas... vejam como ela foi injusta e equivocada... tsc, tsc, tsc.
Enfim, foi uma emoção muito grande trabalhar vistoriando Ferrari F430, Lamborghini Gallardo, Dodge Viper, Porsche 997 e esperem aí, tá faltando alguém... Ah, sim, os Ford GT40, que assombraram nas pistas da capital. Não teve para ninguém, e é até surpreendente ver como os GT40 são superiores na pista. A diferença já começa no ronco dos motores. A gente escuta a Ferrari passar e acha bonito. Ouve os Lamborghini e Porsche e também acha legal. Mas quando os Ford GT cortam a reta, é de arrepiar! São sem dúvida os motores que gritam mais alto, parecem aviões.
E não é só nisso que reside a superioridade dos Ford GT40. Na pista eles são claramente superiores. Tem mais equilíbrio nas curvas e mostram superioridade aerodinâmica nas retas. Por isso, a luta pela pole possition das duas corridas resumiu-se às duas equipes que têm esses possantes. Era incrível ver como os carros das equipes de A. Matheis e a GT Racing saiam de seus boxes, davam uma volta de aquecimento, uma volta rápida e em seguida retornavam com os melhores tempos. Tanto que as equipes se revezaram nas primeiras colocações nas duas etapas, com a dupla Walter Salles e Ricardo Rosset largando na pole no sábado e Adreas Matheis e Xandy Negrão partindo da pole no domingo. Nas corridas os resultados foram inversos: Negrão e Matheis venceram a etapa do sábado e a vitória ficou com Salles e Rosset no domingo. O sol quente e o asfalto abrasivo da pista do autódromo de Brasília castigaram muita gente nas duas etapas, entre as vítimas os dois Lamborghini, que não terminaram nenhuma das etapas.
No final, o trabalho foi fácil e muito gratificante, afinal ficar pertinho dessas máquinas incríveis não é rotina de todo mundo. Valeu também por ter visto o Emerson Fittipaldi pilotar de pertinho. Na etapa do sábado ele deu um show nas pistas de Brasília, andando no limite e dando trabalho a muita gente apesar da inferioridade de rendimento de seu Porsche. Sensacional! Claro, levei uma câmera na bolsa para registrar alguns momentos dessas corridas e mostrar para todos vocês amigos do blog F1-V8!
E peço desculpas por só estar postando o asunto da GT3 agora. Logo que acabei meu trabalh no autódromo, corri para o aeroporto para pegar um vôo para Macapá, de onde segui para a Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, que fica no fim do mundo mais uns três dias de viagem (lá não tem internet nem celular!). Fui fazer uma parte da minha pesquisa de mestrado e provar que vida de engenheiro não é nada fácil como um certo homem da mídia anda dizendo por aí na narração de corridas de F1 nos domingos nossos de cada semana...
Aí vão algumas fotos do meu fim de semana ao lado das feras:
Safety Car Lobini
Quem nunca cantou a música: "Wanna jump um on my Lamborghini Gallardo!" Tá aí, o tal, pilotado pelo Ingo Hoffman e Paulo Boni:
O Porsche 997 do Fittipaldi durante a pesagem:
Os Ford GT 40 são tão rápidos que a única forma de fotografá-los é quando estão parados na pesagem...
Por sugestão da Giselle, dei uma apertadinha no traseiro do boneco da Michelin. Só pra dar uma de Maria Gasolina!Depois do trabalho, a tietagem: eu e 2 títulos Mundiais da F1! (não vale falar mal da minha aparência. Eu estava cheirando a óleo, borracha e gasolina! Suada e insolada! Mas extremamente feliz!!!)